O curto tempo de planejamento no ano passao foi apontado como um dos percalços que culminaram no vazamento da prova
A três meses da realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2010, marcado para os dias 6 e 7 de novembro, o contrato com as empresas que organizarão a prova ainda não foi assinado. Sem o acordo formal, Cespe/UnB e Fundação Cesgranrio - que aplicarão o Enem - não podem iniciar nenhuma atividade, como a contratação de fiscais e examinadores. A gráfica também permanece em processo de licitação. Mesmo assim, o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Joaquim Soares Neto, garante: tudo está de acordo com o cronograma.
Soares Neto ainda não tem data fechada para a assinatura do contrato, mas estima que ela ocorra até o dia 20 deste mês - a exatos 76 dias do exame. Em 2009, o curto tempo de planejamento e execução do Enem foi apontado como um dos percalços que desembocaram no vazamento da prova - depois que o jornal O Estado de S. Estado alertou o Ministério da Educação (MEC), o exame foi adiado. Prova disso é que a Cesgranrio, que sempre organizou o Enem, desistiu de participar da licitação por considerar que não haveria mais "tempo hábil".
A saída da Cesgranrio do processo ocorreu 77 dias antes da data marcada para o exame. De acordo com Soares Neto, só restam detalhes em relação ao orçamento do contrato.
— Digo com toda tranquilidade que tudo está dentro do prazo, no tempo necessário para um processo seguro e sem atropelo — diz Neto.
Segundo ele, a certeza do sucesso em relação aos prazos vem do modelo adotado para a organização. As atividades serão distribuídas e não ficarão centralizadas nas empresas, ao contrário do ano passado, em que o consórcio era responsável por todas as etapas, da impressão à correção. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo .
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